segunda-feira, 18 de junho de 2012

Danças

Meu canal do you tube

E o que eu ando dançando por aí... ;)

Enjoy!

http://www.youtube.com/user/janabellydance?feature=guide

Meu corpo se alfabetizando

É assim que venho sentindo tudo ultimamente. Como há tempos gostaria, finalmente estou conseguindo vivenciar várias danças todos os dias, isso tem sido ótimo, em todos os sentidos.
Eu sou uma pessoa de inícios. Aquela que gosta de estar sempre começando algo novo. Por outro lado, nem sempre termino. Acho que no caso da dança oriental e do amor, são exceções. Me sinto feliz e estável em ambos.
Desde 2001 vivenciei todos os tipos de leituras musicais possíveis dentro da dança oriental (possíveis dentro da minha realidade e país,quero dizer.. pois óbvio q sempre há algo novo, Madame Raquia está aí em setembro para me mostrar isso, rs). Mas o que quero dizer é q eu me sentia não iniciando, e sim reciclando constantemente dentro desta arte. O q é muito gostoso também. Não reclamo de forma alguma, até pq não me vejo sem isso na minha vida, não cogito a possibilidade de deixar de viver a dança do ventre. Paralelo a isso finalmente consegui me dedicar ao pai da dança, o ballet. Impressionante como em 2 meses consigo sentir meu corpo respondendo diferente, tudo mais flexível, meu pé com a ponta bem melhor, etc. Nem perto do q deve ser para um bailarino profissional, mas perto do q era, grande diferença sinto.
O Jazz veio com a liberdade e descontração q sempre amei na dança. Livre e espontâneo...
A dança contemporânea entrou com 2 pesos similares: o da importância de me fazer vivenciar novos movimentos, me libertar, me permitir... e ao mesmo tempo, psicologicamente e emocionalmente, me desperta a sensação que tanto gosto.. aquela da novidade, aquela q diz 'olha, eu consigo, olha, q interessante...' . Sem falar no que sinto superando meus medos. Psicologicamente falando, está sendo um imenso desbloqueio, em muitos sentidos.
A arte cura, isso é um fato. Cura por dentro e por fora. Poder vivenciar isso é me sentir abençoada todos os dias.

Engraçado eu ter feito o caminho inverso de muitos... Muitos começam com o ballet, passam pelo contemporâneo e só depois vão vivenciar outras danças como flamenco, dança de salão, dança do ventre, etc. No meu caso meu primeiro contato foi com a dança oriental, depois ballet, agora contemporâneo e jazz.. Uma coisa q descontrói a outra e ao mesmo tempo cria uma nova dança dentro de quem pratica. Muito mais rica e sólida.



Quero isso todos os dias,
quero q o mundo se acabe em dança.
Quero para cada desânimo, um grand batman
para cada dificuldade, um debulê
E que venham as desconstruções
Zaghareets de alegria
Shimmies para comemorar

E ver o mundo  numa meia ponta alta... bem alta!

Até!

Janah.







sexta-feira, 20 de abril de 2012

A Margarida e a Dança

A Margarida apareceu, já a Dança nunca deixou de estar aqui!

Andei sumida do blog mas cá estou. Apesar de não ter postado muito, estava sempre lendo os blogs amigos e que valem a pena...Em contrapartida também tem muita coisa desnecessária na blogsfera.

Hj o papo é dança. É a minha vida... São 10 anos me dedicando à Dança Oriental Árabe.. Graças a Deus até hj poucos tropeços, muito suor e muita, mas muita realização.

Quando comecei em 2001, era um hobby, uma brincadeira mesmo. Nunca imaginaria que em algum momento a dança seria o meu escape, a minha paixão.
Em 2005 parei de fazer aulas regulares com minha primeira professora e fui em busca de novas metodologias... Quando a Elca Rodrigues organizou o primeiro Congresso de Dança do Ventre (acho q em 2006), eu me inscrevi em quase todos os cursos. Foi maravilhoso, conheci professoras de todo o país, tive aulas sobre temas até então novos para mim. Um mundo de curiosidade e questionamentos.
Ali pude ver o quão complexa é a dança do ventre, o quanto uma bailarina há de estudar se quiser realmente se profissionalizar, e como este tema é vasto.
Em um destes workshops conheci Melinda James. Fiquei encantada com a aula, era um laboratório de shimmies e quadril.  Quando eu comecei a dançar, o conhecimento era muito escasso aqui no RJ. A dança de qualidade estava em SP, e o máximo de qualidade e técnica atualizada que eu conseguia obter era através das fitas da Lulu Brasil (naquela época, Lulu Sabongi). Até hj tenho todo este material em dvd para estudo, peça fundamental no meu crescimento.
Voltando à linha do tempo, em 2005 eu vivi o despertar da dança, onde quis buscar um estudo mais técnico, em 2006 continuei fazendo aulas com outras professoras, workshops avulsos.
No início de 2007 eu queria fazer aulas coma  Melinda James. Mas era muito longe da minha casa. Ela me indicou uma bailarina que eu não conhecia, chamada Viviane Gama. (cai a porpurina rsrsrsr).

Nunca mais vou esquecer minha primeira aula no Espaço Nut. Ontem mesmo contei isso para minhas alunas, q me lembro até da roupa q eu estava.
A Vi foi formada pela Lulu. Isso já era um ponto positivo, já q eu sempre quis ser aluna da Lulu e era mt difícil pois ela era de SP. Ter a Vi como professora (assim como a Melinda) era ter a Lulu perto de mim de alguma forma. O método de ensino era bem parecido.

Pois bem, cheguei lá. Era um sábado, 15hs. Entra aquela mulher grandona na sala, muito simpática. Me deu um abraço de 15 minutos. Huahauahauaha e ali já foi a minha primeira lição: aceitar o carinho, o toque. Que por motivos pessoais não fui muito acostumada a ter. Nos primeiros instantes fiquei aflita, nos seguintes fiquei confortável. Hj em dia não vivo sem este abraço. hahaha (Eu e acredito que todas as alunas dela, ela é uma pessoa muito cativante).

Quando a aula começou veio junto o pânico e a falta de coordenação motora. A turma era intermediária, e eu pensava a todo momento: o q  estou fazendo aqui? Quero o básico start já! A metodologia era muito avançada para o q eu sabia até então. O quadril dela parecia ter vida própria, e os deslocamentos usados em aula eram totalmente novos pra mim. Sem contar q eu parecia uma odalisca retrô, com um saião amarelo, xale com 1544478 medalhas barulhentas e descalça, enquanto 'azaminguinha tudo' estavam de sapatilhas e macacões, como os da Lulu. Me senti na vibe Carrie, a estranha.
Ao fim da aula perguntei: Vc quer que eu vá para o iniciante? Ela disse: Não, com o tempo vc se acostuma e pega o ritmo.
Foi a primeira vez que ela apostou uma ficha em mim.

Voltei pra casa radiante, lembro que o Telmo sempre ia me buscar, e neste dia eu entrei no carro super empolgada e falei pra ele: é aqui que eu vou ficar, não saio mais.

E assim foi.

O tempo foi passando e eu me dediquei com afinco, fiz o curso de formação profissional com a Vivi, passei para a turma avançada...

Em 2009 montei meu estúdio de dança, o Estúdio Al Raksa, foi um prazer ter sido a primeira a ensinar esta dança para muitas meninas.

Em 2010 resolvi prestar a prova do Sindicato da Dança do RJ.

A prova consiste em dar a carteira profissional ao candidato, mediante a uma apresentação de dança que é avaliada por uma banca de profissionais.

Estranhamente eu não estava nada nervosa neste dia. Acordei bem disposta e feliz, era novembro, estava calor, mas nada tirava o meu humor. Entrei e fiz a prova. Minha média foi 91.6. Quase morri quando ouvi o resultado, fiquei muito feliz...

Em 2011 eu quis comemorar meus 10 anos de dança , queria um show no teatro. Assim foi. A bailarina convidada da noite não poderia ser outra além da Vivi, que é uma excelente profissional e é a quem devo tudo q sei. Foi um show belíssimo, as apresentações estão no you tube, e este show não seria possível sem os amigos lindos que abrilhantaram a noite:

Marcinha Nut, Rose de Queiroz, Vanessa Carvalho,  Viviane Gama, Eduardo Haddad, Leandro Gomes, Izabella Negromonte, Fabiane Trindade, Luciane Barreto, Thiara Avivit, Grupo Folclórico NUT.

Foi um dos dias mais felizes da minha história na dança.

Nestes 10 anos me especializei com profissionais maravilhosos, q muito me acrescentaram, em todos os sentidos:

Gamal Seif (Egito), Soraia Zaied (Brasil-Egito), Claudia Cenci(Brasil-Espanha-Egito), Melinda James(RJ), Viviane Gama(RJ) , Lulu Brasil (SP)...

Hj em dia observo como tudo está corrompido, como é difícil estabelecer uma relação harmônica, seja na dança ou em qualquer outro meio. Mas sabemos que estamos num meio onde existe muito ego, muita disputa. É muito estrogênio junto, Brasél!
Fico feliz de ter feito parte de uma escola que oferece tanta qualidade no ensino, e hoje integrar o grupo das profissionais da casa, pra mim é uma honra enorme.

Uma das coisas que aprendi nestes dez anos:

Se o teu amor pela dança é assim tão grande quanto tua vontade, então nada pode ser obstáculo!

Quero chegar em 2021 e fazer outro post sobre os meus 20 anos de dança. Eu sei que até lá blog será visto como vitrola, mas de alguma forma estarei aqui firme e forte dançando e dividindo com os meus o meu amor por esta arte.

Hj em dia ensino dança oriental no estúdio Elevarte, com direção da bailarina clássica Carla Barbiere, tem sido uma experiência deliciosa, desta vez com adultos e crianças.

Nosso espetáculo de fim de ano será em novembro, belíssimo!

E com o grupo do Espaço Nut, sob a direção de Viviane Gama, teremos o show de 8 anos do Espaço, vai ser imperdível!




Seguem aqui algumas apresentações desta q vos fala:




e os meus preferidos:









Até a próxima!

Bj, Janah.